23 fevereiro 2014

Segundo time vence o time de segunda



Henrique comemora um de seus gols no clássico

Até os Botafoguenses mais otimistas desconfiavam do time reserva que foi a campo hoje. O time titular do vinha de uma atuação tão ruim contra o Volta Redonda quanto as do reserva nos demais jogos, e em nenhuma das nove rodadas anteriores o time convenceu.

Mas o time que foi a campo hoje não é o mesmo time que enfrentou o Vasco, por exemplo, no dia 02/02/2014, em que formamos com Renan, Alex, Dankler, André Bahia e Anderson; Fabiano, Rodrigo Souto, Renato (Daniel, 26'/2ºT), Octávio (Wallyson, Intervalo) e Gegê (Henrique, 31'/2ºT) e Elias. 

Hoje jogamos com Helton Leite; Lucas (Lodeiro, 29'/2ºT), Dankler, Andre Bahia e Junior Cesar; Aírton (Gabriel, Intervalo), Bolatti e Renato; Gegê (Jorge Wagner, 19'/2ºT) e Daniel; Henrique

Há diferenças significativas aí. No time de hoje, dois laterais em condições de serem titulares inclusive em outras grandes equipes, cabeça-de-área mais encorpada com Airton e Bolatti, um Henrique bem mais confiante, a barração de Renan e os titulares no banco para o segundo tempo.



Renato terminou o jogo como lateral

Mas o mais importante foi o comportamento. A equipe, talvez pelo amplo favoritismo atribuído ao adversário ou talvez pela motivação extra que toda equipe reserva tem, entrou com muita disciplina tática e determinação. Este ponto é fundamental, pois seja pela Libertadores ou em Moça Bonita contra o Bangu, esse time precisa de muita transpiração sempre. Caso contrário, não ganha nem jogo-treino.

Duda tem méritos. Daniel fez excelente trabalho tático para marcar o lado direito do Fluminense. Renato fechou o lado direito, auxiliado pelos volantes, para conter os avanços de Carlinhos, um dos principais jogadores do adversário. E Gegê jogou pelo meio, encostando o Henrique e marcando a saída de bola por dentro.

Com isso, o Fluminense tinha dificuldades de sair jogando, de chegar à área do Botafogo trabalhando a bola. Com Bolatti inspirado, o Botafogo conseguiu controlar as ações no meio de campo e chegou a ter 61% de posse de bola no primeiro tempo.


Duda rejeita "nó tático"

A importância de Bolatti

Se Airton foi mal, pedindo para ser expulso, Bolatti foi o melhor em campo. O argentino foi o grande responsável pela boa posse de bola do Botafogo, pelas viradas de jogo, pelo controle do meio de campo. Foi uma referência para os companheiros e distribuiu bem o jogo. Ao final, foi premiado com um golaço.

E aqui cabe um destaque. Já faz um tempo que dizemos que com a saída de Seedorf, perdemos a referência, o desafogo, o cara para quem os demais chutavam a bola no sufoco. Não temos mais um meia que faça isso. Portanto, precisamos que ao menos um volante jogue. Que receba a bola, vire o jogo, ajude o time a se manter com a bola e auxilie na armação do jogo mais de trás. Gabriel, Marcelo Mattos e Airton não fazem isso. A esperança é Bolatti se firmar e repetir atuações como a de hoje para que possamos ter um bom jogo com a bola contra adversários que marquem bem.


Lucas e Junior Cesar

Hoje o setor mais bem servido do elenco são as laterais. Para quem sofria com os gêmeos genéricos, Lucas e Junior Cesar como reservas são um luxo, ainda mais num elenco que carece de titulares em algumas posições. Lucas conseguiu fazer algumas boas jogadas, correu bastante e não aguentou o jogo até o fim. O Estadual deve servir para que recupere sua melhor forma.

Junior Cesar, por sua vez, foi um dos melhores em campos. Marcou bastante, apoiou bem, chamou o jogo e recebeu muitas bolas. Jogadores experientes são importantes por isso, porque passam tranquilidade aos mais jovens, como Daniel, com quem Junior fez dupla no lado esquerdo.


Helton Leite

Helton Leite defende pênalti de Fred

Com 1,96, é um goleiro desengonçado, que não me passa segurança. Causou apreensão em alguns cruzamentos e outros lances isolados. Mas é fato que com Renan não tinha mais clima para jogar, pois nem os companheiros pareciam confiar nele. 

O pênalti defendido certamente dará moral a Helton leite, embora tecnicamente não me convença. Lembremos que era o terceiro goleiro do Criciúma e não é um garoto novo, pois já tem uns 24 anos.


Henrique comemora o primeiro gol

Aspecto moral

A vitória num clássico é muito importante para o moral da equipe, que agora viaja mais tranquila e confiante para o compromisso na Libertadores. O grupo vinha pressionado pelas atuações muito ruins no Estadual, o que causava preocupações para a sequência da Libertadores.

Não significa que todos os problemas estejam resolvidos, mas serve para mostrar que com aplicação tática, concentração e determinação durante todo o jogo, o time pode enfrentar qualquer adversário de igual para igual, com boas chances de vitória.

Ao mesmo tempo, quebrou o ritmo do Fluminense, que dedicado exclusivamente a esta competição, vinha embalado. Para eles esse jogo era mais importante do que para nós, e uma derrota dessas para o nosso time B é uma pancada forte no ego do arrogante clube da camisa abóbora.

Enfim, o nosso segundo time venceu o time de segunda. Aguardemos agora, se o STJD confirma o resultado...

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