13 março 2014

18º jogo do ano, 14º muito ruim



Del Valle comemora seu gol

O Botafogo fez mais uma partida muito ruim em 2014. Na verdade, dos 18 jogos da temporada, podemos destacar como boas atuações os jogos em casa contra D. Quito e San Lorenzo, o clássico contra o Fluminense e em parte o jogo contra o Unión Española. Restam então 14 partidas muito ruins, algumas vexaminosas.

É pouco, muito pouco. A estratégia de abandonar o campeonato Estadual em prol da Libertadores pode ser respeitada se decidida com convicção, usando o Estadual para aprimorar o elenco, melhorar o conjunto, evoluir nas atuações. Se o Botafogo tivesse feito isso, se o trabalho tivesse sido bom, o time teria se apresentado melhor no certame local e naturalmente estaria hoje classificado para as semifinais.

Ao contrário, o que vimos foi um time que conseguia piorar jogo a jogo, inclusive quando jogava com os titulares. Enquanto os rivais foram buscando suas melhores formações, rodando o elenco, alternando bons e maus momentos, mas em geral evoluindo, o Botafogo conseguiu piorar aos poucos.

Em vários jogos contra os pequenos, o Botafogo passava a impressão de que poderia jogar por horas a fio que não conseguiria marcar um gol. Contra o Flamengo, a apatia e a falta de um jogo coletivo forte transformaram o time em presa fácil.

Duda assiste a mais uma atuação muito ruim

Na prática, abandonar o campeonato Estadual foi uma estratégia de proteção ao Duda e à diretoria, que assim se eximem de responsabilidades pelas péssimas atuações e postergam qualquer análise sobre seu trabalho, sempre alegando que "estamos na Libertadores, que é a prioridade". Esse mantra será repetido inclusive durante o Brasileiro, que tende a ser um fiasco maior e com proporções mais graves do que o do Estadual.

A Libertadores já dá sinais do preço que nos cobrará. A torcida carregou o time nos jogos em casa. Nos jogos fora, o Botafogo perdeu duas vezes no Equador para equipes de baixo nível, inexpressivas e que sequer uma camisa forte tem para compensar a ruindade técnica. No Chile, não conseguiu matar um jogo em que foi melhor, e por pouco não perdeu.

Por enquanto, vão reclamando do juiz, do gramado, da altitude, alegam que pela tabela são líderes, mas nada disso esconde o péssimo desempenho dentro de campo. E com o agravante de não estarem reconhecendo a baixa competitividade da equipe, atribuindo a causa dos insucessos a terceiros.

O desequilíbrio demonstrado ontem era algo anunciado. Nessas horas os líderes como Jefferson, Jorge Wagner e Bolívar deveriam controlar os ânimos, mas foi exatamente um deles o primeiro a ser expulso. Edílson já pede uma expulsão desde o jogo contra o D. Quito, quando quebrou um adversário.

Um time qualificado, com jogadores bons e cascudos, é capaz de vencer jogos amarrados, sem grandes atuações. Assim tem sido o Atlético, líder com 7 pontos em seu grupo. Já o Cruzeiro, bom em pontos corridos, sucumbe à pressão desses jogos e perde até se joga bem, por falta de gente mais cascuda para decidir.

Nós somos o pior caso. Não temos jogadores qualificados, o time se descontrola e não temos sequer um treinador minimamente sério que possa controlar o grupo e armar um esquema para tornar o time o mais competitivo possível.

Já escrevemos antes que a brincadeira Duda começava a cobrar seu preço. Hoje isso está cada vez mais claro.

A torcida pode carregar o time nos jogos em casa, mas até isso tem limite. O futuro do Botafogo na Libertadores e - pior ainda - no Brasileiro é muito preocupante.

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Best Hostgator Coupon Code