03 abril 2014

A brincadeira Duda cobra a sua fatura



Duda: uma piada de péssimo gosto
O Botafogo fez hoje o seu quinto jogo na fase de grupo da Libertadores. Novamente fez um jogo muito ruim, e o resultado dessa vez refletiu o mau desempenho. Estamos decepcionados, mas não surpresos.


Rememoremos trechos do blog sobre os jogos anteriores:

O time joga no seu limite físico, marcando com muita aplicação, com todos se ajudando, jogando próximos para que não haja buracos sem cobertura. A defesa, se de vez em quando comete falhas técnicas individuais, é o setor mais entrosado e mais forte do time. Todos jogam com muita confiança. Ainda assim, novamente o adversário teve algumas (poucas) chances muito claras. 

O problema é com a bola no pé. O jogo se deu muito pela esquerda, com Júlio Cesar, Jorge Wagner e Wallyson. O lado direito foi pouco acionado. E novamente abusamos de chutões para Ferreyra. O time tem poucas jogadas, dificuldades de sair jogando, e hoje depende muito de espaços na defesa adversária para explorar a velocidade de Wallyson.
A torcida fez o time ganhar mais três pontos na marra. Pode ser o suficiente para passarmos de fase, mas em algum momento precisaremos também de bola. Há tempo para melhorar. - See more at: 


O time chileno pouco ameaçava, mas mesmo assim nos complicamos. Além de abusarmos dos chutões, falhas individuais propiciaram os melhores momentos do Unión.  


O Botafogo fez mais uma partida muito ruim em 2014. Na verdade, dos 18 jogos da temporada, podemos destacar como boas atuações os jogos em casa contra D. Quito e San Lorenzo, o clássico contra o Fluminense e em parte o jogo contra o Unión Española. Restam então 14 partidas muito ruins, algumas vexaminosas.

É pouco, muito pouco. A estratégia de abandonar o campeonato Estadual em prol da Libertadores pode ser respeitada se decidida com convicção, usando o Estadual para aprimorar o elenco, melhorar o conjunto, evoluir nas atuações. Se o Botafogo tivesse feito isso, se o trabalho tivesse sido bom, o time teria se apresentado melhor no certame local e naturalmente estaria hoje classificado para as semifinais.

Ao contrário, o que vimos foi um time que conseguia piorar jogo a jogo, inclusive quando jogava com os titulares. Enquanto os rivais foram buscando suas melhores formações, rodando o elenco, alternando bons e maus momentos, mas em geral evoluindo, o Botafogo conseguiu piorar aos poucos.


Botafogo joga em casa contra a equipe tida como a pior do grupo, vence mas seu goleiro é eleito o melhor jogador da partida. Não seria preciso escrever nada mais para dizer o que foi o jogo, mas é preciso interpretar este fato sintomático.

Como já escrevemos no texto 18º jogo do ano, 14º muito ruim, logo após o primeiro jogo contra o del Valle, as duas dezenas de jogos oficiais do ano não serviram de nada para a evolução técnica do time. No Estadual, a desculpa era de que o foco é a Libertadores. Na Libertadores, alegava-se início de temporada, altitude, gramado, etc. Mas agora não há mais desculpas.

As atuações do time B e até do time A no Estadual não apresentaram evolução com o decorrer da competição, salvo o clássico contra o Fluminense. Ao contrário, foram piorando. O mesmo acontece na Libertadores, em que os dois últimos jogos foram os piores do time. A impressão é que enquanto as demais equipes evoluem com a sequência de jogos e ganham consistência para as fases mais agudas das competições, a falta de qualidade coletiva do Botafogo de Duda vai ficando cada vez mais exposta.

Além disso,  em 09/02/2014, após mais um jogo medonho pelo Estadual, escrevemos um texto intitulado A brincadeira Duda começa a cobrar seu preço, de onde foi extraído o trecho abaixo:
O que vemos é um time mal treinado, uma defesa frágil, exposta, um meio de campo que não cria, não se impõe, não domina as ações do jogo. Toda vez que o adversário acelera o jogo, a nossa defesa fica em pânico. Quando o adversário se fecha, o time não sabe o que fazer, e se não apelar para chutões tem alto risco de perder a bola na defesa e ofertar uma chance de gol.  

Portanto, só se enganou com Duda quem quis, deu o tal "voto de confiança" quem gosta de se enganar. A comparação com outros treinadores jovens que só agora chegam a clubes grandes não se aplica. Em geral tem a experiência de ex-jogadores, de auxiliares de profissional por longo período ou bons trabalhos em equipes médias. 

Duda não é técnico, é simplesmente o maior deboche que essa diretoria já fez com a torcida que tanto gosta de menosprezar.


Jefferson lamenta o gol dos chilenos (Globoesporte.com)
Botafogo 0 x 1 Unión Española

Sobre o jogo de hoje, o Botafogo conseguiu a façanha de transformar Ferreyra, um caneleiro voluntarioso, em titular absoluto, imprescindível e do qual o time sente muita falta. O time desarrumado, num esquema em que sacrifica o veterano Jorge Wagner numa função que o faz render bem menos do que pode, em que o lado esquerdo virou uma avenida por falta de marcação desde o meio do campo, em que o time se limita a chutões, em que os passes são mais para se livrar da bola do que tramando uma jogada pensada, em que passamos o jogo torcendo por uma bola vadia que resolva nos agraciar com um gol.

Para agravar a situação, Duda foi piorando o time a cada substituição. Henrique, que não tem a mesma presença de área do Tanque, mal ou bem estava brigando e tinha acabado de perder um gol de bola rebatida na área, foi substituído pelo inexplicável Ronny, que além de errar tudo que tentou, ainda deixou o tme sem ninguém na área, pois essa função também não é muito a de Wallyson.

Se Marcelo Mattos e Bolatti fazem uma dupla pesada que nos faz lamentar a ausência de Gabriel (que nem faz grande temporada), ao menos as subidas do argentino à área estavam funcionando. Bolatti chegava como elemento surpresa e conseguiu algumas conclusões em gol. E o que faz Duda? Saca Marcelo Mattos, pões Daniel, abre o time todo e prende Bolatti lá atrás. Ou seja, perdemos a jogada de Bolatti que vinha funcionando e perdemos jogadores no meio. 

Daí em diante não criamos absolutamente mais nada, e o time chileno apenas aguardou sem muito esforço o apito final.



Desde o início da temporada, time vai piorando

Torcida comparece em peso novamente
Conforme os jogos se sucedem, as equipes vão se fortalecendo, mas o Botafogo vai se enfraquecendo. Cada vez mais o Botafogo tem a cara de Duda. Cada vez mais o Botafogo piora. Uma classificação garantida pode escorrer pelos dedos. Os dedos de Duda. 

Além disso, se avizinha um Brasileiro que deve ser de péssima qualidade técnica, e ainda assim o Botafogo entrará como candidato ao rebaixamento caso mantenha o nível de jogo atual.

E quem paga a conta dessa brincadeira de mau gosto? Você, torcedor. Sempre você.




Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Best Hostgator Coupon Code