07 agosto 2014

07/08/2014 Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Botafogo.




07/08/2014
Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Botafogo.


19:40: Álvaro Luiz Carvalho Moreira anuncia afastamento de José Luiz Rolim, presidente do Conselho Deliberativo, por sessenta dias para tratar de doença grave. Com isso, novamente a sessão será presidida por Álvaro Moreira, primeiro vice-presidente do Conselho Deliberativo.

19:45: Álvaro Moreira lê uma carta de Maurício Assumpção, presidente do Conselho Diretor, dizendo que não pode comparecer por já ter um compromisso pessoal marcado antes da convocação, e que será representado pelo vice-presidente de finanças e de futebol Francisco Fonseca. Como chegou apenas uma carta do presidente, Álvaro Moreira considerada que haja "ausência não justificada", configurando-se portanto violação do Estatuto por parte de Maurício Assumpção.

19:48: Álvaro Moreira lê a carta de convocação enviada aos conselheiros e uma carta do grande benemérito Brás Pepe, que está internado.

A carta de convocação:



Explica que houve um adendo, pois inicialmente seria sobre o Ato Trabalhista e a situação financeira do clube, mas com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de julgar o caso do Botafogo ainda neste mês, o item relativo ao Ato Trabalhista foi suprimido na retificação da convocação:

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Por fim, com toda a questão do Refis dos clubes e as notícias de sonegação de tributos do Botafogo (confirmadas pelo próprio presidente Maurício Assumpção), foi feito um adendo que inclui a questão das dívidas tributárias na ordem do dia.


19:52: vice-presidente de finanças e de futebol Francisco Fonseca fala, ao lado do diretor executivo Sérgio Landau e do diretor financeiro Marcelo Murad. Faz uma introdução apresentando a si e outros vices e diretores.

Diz que o clube vinha em constante melhoria de receitas, patrocínios, capacidade de investimento. Que o clube vinha conseguindo por exemplo trazer Loco Abreu, Maicosuel e Seedorf. Diz que o patrocínio da Neoquimica chegou a ser bloqueado por ação da Tam referente ao Tailson.

Que em 2012, quanto trouxeram Seedorf, "alguém  descobriu" que o Ato Trabalhista só valia para dívidas até dezembro de 2007. Os que tinham dívidas posteriores entraram na justiça e passaram a penhorar 20% das receitas. A partir daí passou-se a tentar um novo acordo com o TRT

Advogados de dois ex-jogadores, um deles o ex-zagueiro da base Tavares, alegaram que o Botafogo não descontava em cima da receita total. Diz que os valores usados pelos advogados e aceitos pelo TRT supunham uma arrecadação praticamente igual às de Flamengo e Corinthians somadas no mesmo ano, o que totalizaria esse valor supostamente sonegado de 90 milhões de reais

Começaram então as penhoras e a isso somou-se o fechamento do Engenhão. O clube ainda conseguiu se manter através de parceiros. O Engenhão trazia recursos diretos e indiretos, pois a possibilidade de exposição no telão já era um fator de atração para outros patrocínios.

Sendo assim, o clube passou a ter as receitas bloqueadas.

Diz que pela Lei Pelé para que se demita um jogador é preciso pagar todo o valor do contrato contrato para ele, o que inviabiliza a rescisão de contratos como forma de redução de custos.

O clube então foi obrigado a fazer "escolhas de Sofia", isto é, priorizar alguns pagamentos e não honrar outros. Algumas medidas foram tomadas, como vendas de jogadores como Andrezinho.

Francisco Fonseca destacou algumas vezes que só é vice de finanças há três meses, e que o Jurídico (cujo vice-presidente Jurídico é Alberto Macedo) seria o mais indicado para ajudar a responder algumas questões.

20:09: Conselho Diretor fica à disposição para perguntas.

20:10: conselheiro Gustavo Noronha (Mais Botafogo) é o primeiro a perguntar.
Abre lamentando a ausência do presidente Maurício Assumpção em momento tão grave do clube e saúda o grande benemérito Brás Pepe, que enviou a carta lida no começo.

Diz que o Refis na verdade são dois, cada um referente a um período. Seriam então 700 mil reais por mês da Timemania, 300 mil reais de uma modalidade do Refis novo, mais 50 mil reais por mês de outra modalidade do Refis novo, totalizando 1,05 milhão de reais por mês, além de mais 10 milhões de reais para adesão ao Refis.

Diz que já alertara em anos anteriores, nas votações de contas e orçamentos, que o Conselho Deliberativo deveria votar um plano de recuperação, mas que sempre foi alegado que isso seria um ato de gestão do Conselho Diretor, não cabendo ao Conselho Deliberativo determinar esse tipo de plano. Isso foi negado três vezes. Entende que mesmo que tardiamente o Conselho Deliberativo deve tomar a frente para discutir e votar um plano de recuperação. Diz que é sim responsabilidade do Conselho Deliberativo deliberar sobre esse tipo de assunto, e não lavar as mãos e deixar tudo nas mãos do Conselho Diretor.

Diz que o Conselho Diretor tem buscado soluções, mas uma vez que elas não se mostram eficazes, o Conselho Deliberativo tem sim que ser chamado para discutir.


Sobre matéria do Lance! em que o presidente Maurício Assumpção diz que vai afinal entrar com ação de ressarcimento pelos danos causados pelo fechamento do Engenhão. Na reportagem presidente diz que contratou uma empresa para definir quanto pedir de ressarcimento e contra quero Botafogo esteve entrar. Também causou estranheza a existência de empréstimos concedidos pela Odebrecht. Pede explicação sobre esses valores.

20:18: diretor executivo Sérgio Landau:

Diz que o fechamento do Engenhão em 2013 fez o clube discutir as alternativas, mas que não foi possível ter a velocidade necessária para repor as perdas.
Como o contrato era com a Prefeitura, a ação poderia ser contra a Prefeitura. Mas não sabiam contra qual consórcio, porque um fez o projeto e iniciou a obra, e um segundo consórcio assumiu durante a obra e a concluiu. Mas o segundo consórcio pôs uma cláusula em que se isentava de qualquer problema decorrente dos cálculos do projeto, uma vez que se os cálculos e o projeto fossem revistos antes de retomadas as obras, não haveria tempo hábil para a abertura dos jogos Panamericanos de 2007.

Diz que discutiu-se no clube se haveria ação contra algum dos consórcios. A Prefeitura concluiu que a ação deveria ser contra o primeiro consórcio, que fez o projeto. Botafogo conversou com a Prefeitura sobre uma forma de ressarcimento, como um patrocínio da própria Prefeitura ao clube, mas está alegou que não seria possível pois outros clubes pediriam o mesmo.

Procurou-se a Odebrecht para usar seus técnicos para fundamentar a ação contra o primeiro consórcio. Isso foi feito, mas o problema é que o entendimento era o de que o clube deveria entrar contra a prefeitura. O clube então precisou contratar uma auditoria para calcular os valores a serem cobrados. A empresa foi a Ernst & Young e o trabalho foi terminado recentemente. Porém, esse tipo de ação demora bastante.

20:25: diretor financeiro Marcelo Murad.

O Refis se divide em dois. Um para antes e um para após dezembro de 2008. A dívida até dezembro de 2013 é de 97 milhões de reais. Pagando à vista seria de 56 milhões de reais. O Botafogo optou por 180 meses, com entrada de cinco parcelas de 2,163 milhões de reais e prestação mensal de 288 mil reais.

Essa despesa seria descontada direto do contrato da televisão.

"O Botafogo tem uma única antecipação de receita com a TV que se encerra em dezembro de 2015." Em 2015 o Botafogo tem a receber da TV pouco mais de 200 mil por mês já descontados o valor antecipado e o pagamento mensal do Refis.

20:32: grande benemérito Paulo Sérgio.
Critica a falta de credibilidade do presidente, acusado de mentir e sonegar. Critica os altos salários dos executivos do clube, que está falido e paga a esses executivos (como Sergio Landau e Marcelo Murad) salários incompatíveis ao que no mercado uma empresa na situação do Botafogo pagaria. Diz que as pessoas estão com salários atrasados, e que é inadmissível. Diz que a responsabilidade é toda do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal, que sempre aprovaram contas, aprovaram orçamentos, nunca contestaram nada.

Critica as sonegações via Companhia Botafogo, que "não foi feita para isso".

Reclama das humilhações a que o clube fica submetido, como piadas até do prefeito. Diz que deveriam ter entrado com ação logo em 2013, e critica o presidente que novamente se ausentou num momento importante.


20:36: diretor executivo Sérgio Landau

Diz que a reunião sobre a entrada ou não na justiça em 2013 foi inconclusiva, e que as ações atuais são tomadas conforme orientações do escritório contratado.

Diz que desde 2007 essa prática é adotada na Companhia Botafogo. Que desde a Liquigás que os contratos entram pela Companhia Botafogo. E que a gestão atual apenas manteve está prática.

Quanto às remunerações, diz que de fato é remunerado, pois é profissional, e por isso está lá se dedicando o dia todo. E que também está sem receber como os demais funcionários.


20:41: conselheiro André Barros (MCR)
Reclama da imprensa, relativiza a situação ao lembrar que o Flamengo é lanterna e o Vasco está na segunda divisão, e diz que a situação atual pode fortalecer o elo entre time e torcida, e que isso salvou o clube em outras vezes. Reclama da ameaça do presidente de retirar o time do Campeonato Brasileiro. Pede mobilização da torcida e apóia a proposta do Conselheiro Gustavo Noronha (Mais Botafogo), que pede que o Conselho Deliberativo discuta um plano de recuperação.

Diz que qualquer solução passa pelo afastamento do presidente Maurício Assumpção, seja por renúncia ou licença, visto que o presidente sequer aparece numa reunião importante como essa e não tem mais condições de permanecer à frente do clube.

20:45: grande benemérito Carlos Eduardo (Mais Botafogo)

*Álvaro Moreira da mesa pede que os membros do Conselho Diretor não se retirem do salão pois podem ser demandados pelos inscritos com perguntas ou pedidos de esclarecimento.

Grande benemérito Carlos Eduardo (Mais Botafogo) diz que se sente orgulhoso por não haver brigas na reunião de hoje como muitos previam.

Lamenta a ausência do presidente Maurício Assumpção, e destaca a questão da comissão do contrato de patrocínio para a empresa de familiares do presidente. Considera a situação inaceitável, que jamais se poderia permitir que empresa de familiares recebessem do clube.

Cita matéria do globoesporte.com, segundo a qual há 68 milhões de reais em aberto até o fim de 2014, que seriam 24 milhões de reais já vencidos e o restante até o fim do ano. Pergunta ao Conselho Diretor se essa informação é correta e se há receitas disponíveis para 2015, uma vez que agora o patrocínio "estará reforçado pelos 5% que não serão mais pagos à família do presidente Maurício Assumpção".

Pede também que mesmo que o presidente Maurício assumpção não decida se afastar por conta própria, que o Conselho Deliberativo, no uso de suas atribuições, lhe conceda licença até o fim de seu mandato para "refletir", e que o vice-presidente geral Paulo Mendes é mais apto e tem mais condições de conduzir o clube neste momento.

20:52: diretor financeiro Marcelo Murad.

Confirma o número de 68 milhões de reais para fechar o ano, e diz que estão tentando vender algum jogador para obter recursos.

Que para 2015, restam apenas 5 milhões de reais a receber da TV no ano inteiro, já considerando os parcelamentos do Refis.

Sobre patrocínio não sabe dizer, pois "não é do departamento comercial".

Sobre salários, diz que nenhum dos executivos do clube recebe há três meses, como os funcionários.


20:55: conselheiro Vinicius Assumpção (MCR)

Vinicius Assumpção (MCR) se diz decepcionado com a ausência do presidente, pois haveria esclarecimentos importantes a serem prestados. Lamenta também que em regra as reuniões do Conselho Deliberativo são muito esvaziadas, com pouco quórum.

Diz que o que precisa ser modificado é o modelo, e concorda com o conselheiro Gustavo Noronha (Mais Botafogo) quanto ao Conselho Deliberativo elaborar um plano de recuperação para o clube. Concorda também que o próprio Conselho Deliberativo tem muita responsabilidade em tudo por sua pouca atuação.

Por fim, Vinicius Assumpção (MCR) diz que a saída é convocar a torcida, com ingressos baratos, uma vez que o Sou Botafogo tem pouca adesão.


21:04: conselheiro Paulo Marcelo Sampaio (MCR)
Discorre sobre a história do clube, relembra outros momentos, lê um texto de jornal antigo e diz que o clube não vai acabar.


21:06: Benemérito Menezes.

Recorda tempos antigos, fala de seus antepassados que jogaram pelo clube, homenageia benemérito ausente, reclama dos uniformes atuais, conta a origem das meias cinza e histórias de Carlito Rocha.


21:12: Conselheiro Gláucio Cruz

Critica o presidente Maurício Assumpção e o Conselho Diretor. Diz que já havia feito ponderações ao André Silva (ex-presidente do Conselho Fiscal), então presidente do Conselho Fiscal. Reclama de algumas respostas do diretor financeiro, que alega não saber alguns números ("isso é com o jurídico").  Faz outras críticas à diretoria.


21:20: vice-presidente de finanças e de futebol Francisco Fonseca

Diz que o Conselho Diretor buscou sim soluções. Reclama da Lei Pelé, que segundo ele não permite que se mande embora os atletas. Se fizesse isso, o clube teria de pagar o contrato todo e a dívida apenas seria jogada para frente. Diz que todas as possibilidades de reduções drásticas de despesa no futebol seriam apenas momentâneas e não resolveriam. E que não dá para mandar um elenco inteiro embora sob risco de rebaixamento.


Grande benemérito Carlos Eduardo (Mais Botafogo) pergunta que jogadores o Botafogo possui.


Francisco Fonseca diz que apenas Emerson Sheik e Ramirez pertencem ao Corinthians e em todos os demais o Botafogo tem alguma participação nos diretos, que o Botafogo tem direitos sobre algo em torno de 85% do elenco, mas que a maioria já foi negociada com parceiros que emprestam dinheiro ou ajudam o clube de alguma forma. Alguma negociações são através de "cestas" , isto é, percentuais de direitos de vários jogadores.

Sobre o jogador Lodeiro, diz que o jogador pediu para sair porque "não tinha mais clima para continuar no Botafogo". Reforça que não foi uma iniciativa do Botafogo, mas do jogador. Explica que o que ocorre é que muitas vezes o Botafogo já deve ao próprio empresário do jogador, e por isso grande parte do dinheiro não entra no clube.

Diz que apesar de todas as dificuldades o clube conseguiu pagar neste ano 20 milhões de reais de dívidas antigas. Que o fato do dinheiro não entrar direto no Botafogo não significa que tenha sido perdido, mas sim usado para abatimento de alguma dívida.


21:30: Grande Benemérito Carlos Augusto Montenegro.

Parabeniza a grande presença do Conselho Deliberativo e o "alto nível do debate".

Sobre saída do presidente, diz que para haver impeachment é necessário um processo longo. Para renúncia, de 160 conselheiros pelo menos. Diz que vai iniciar o processo eleitoral na próxima semana.

"Acho que ele tem que ficar."

Diz que está disposto sempre a ajudar, "desde que solicitado", qualquer presidente do Botafogo.

Considera a questão da empresa de familiares do presidente Maurício Assumpção imoral, antiética, e em que em mais de vinte anos de Botafogo "jamais tirou um centavo do clube", e que "jamais faria isso".

Mas que independentemente disso, ele foi eleito presidente, faltam apenas três meses, e ele tem de ficar até o fim, "mesmo humilhado, sem poder ir a jogo, sem poder ir à praia".

"O mandato foi bom até dezembro do ano passado e nos últimos sete meses foi um desastre. Botou alguns amigos, achando que seria melhor com pessoas mais próximas, mesmo não profissionais, e foi um desastre."

Conclama o Conselho Deliberativo a uma grande união.

Diz que os candidatos deveriam "começar a transição amanhã". Comparecer em dupla (candidato mais uma pessoa) e conhecer exatamente como está a situação em cada departamento - marketing, jurídico, financeiro, etc.

Diz que o dinheiro ora bloqueado não entrará no clube mesmo com o Ato Trabalhista e o Refis, pois irá direto para o abatimento de tais dívidas. A partir daí sim o clube passa a ter as dívidas equacionadas e a não ser devedor. Ou seja, não há receitas previstas.

Diz que daí a necessidade da transição começar agora com os candidatos a presidente, aproveitando o ambiente de união do Conselho Deliberativo, pois é hora de olhar para frente e não ficar culpando sempre os anteriores, e por isso os candidatos precisam saber exatamente a situação do clube para evitar surpresas posteriores e até para decidirem se querem manter a candidatura.

Sugere que o conselheiro Gustavo Noronha (Mais Botafogo) reunisse mais uns quatro advogados para estudar o Estatuto do BFR e até promover alterações permitindo o sócio torcedor ou regulamentando o sócio contribuinte para que esse novo Estatuto do BFR seja promulgado com a posse do novo presidente.

Também sugere a criação de uma Comissão de Crise para administrar a situação atual, e se oferece para participar de tal comissão. Supõe até uma doação a fundo perdido de alguns colaboradores ou outra forma de socorro urgente e imediato ao clube.

Em suma, três sugestões:
- Transição iniciada agora com os candidatos.
- Reforma estatutária liderada pelo conselheiro Gustavo Noronha (Mais Botafogo) para promulgação com a eleição.
- Comissão de Crise do Conselho Deliberativo para administrar o momento atual.


21:42: Vice-presidente geral Paulo Mendes.

Diz que não queria ser vice geral porque seu trabalho não lhe permite tempo de dedicação ao clube da forma que seria necessária, pois trabalha viajando em boa parte do tempo. Que nos últimos seis meses veio ao clube de 6:00 às 10:00 e depois ia para o seu trabalho, de onde só saía às 23:00. Diz que agora assumiu mais atribuições no trabalho e deve passar mais de 40 dias fora do Brasil até o fim do ano.

Diz não ter a mínima condição de ser presidente do clube nesse momento porque não tem como abrir mão do seu trabalho e o clube precisa de dedicação integral.

Diz que nessa semana um grande advogado Botafoguense propôs um fundo com contribuições de altos e baixos valores de várias pessoas para salvar o clube neste momento. Entende que a ideia é boa mas de difícil execução.

21:50: conselheiro Carlos Matos (Mais Botafogo)
Propõe que os percentuais que o clube tem sobre cada jogador sejam divulgados, inclusive antes das negociações.


21:52: conselheiro Rodrigo Pian (MCR) (erramos: ele não faz parte do grupo, embora seja da Coordenação da campanha do candidato Vinícius)
Diz que a responsabilidade do Conselho Deliberativo não pode ser esquecida, que o Conselho Deliberativo aprovou tudo isso que está acontecendo hoje, com a aprovação das contas, etc.
Pede que a transição seja imediata. Com o vice-presidente geral Paulo Mendes se recusando a assumir o clube e o presidente do Conselho Deliberativo José Luiz Rolim doente, caberia ao presidente em exercício do Conselho Deliberativo Álvaro Moreira assumir o clube e conduzir a transição.
Diz que esse processo tem de partir da própria diretoria, e não do Conselho Deliberativo
Elogia o grande benemérito Carlos Augusto Montenegro, que diz ser "o maior farol do clube", e pede que o ex-presidente conduza esse processo da melhor forma.


21:56: conselheiro André Barros (MCR)

Reforça a importância do elo entre torcida e time para evitar o rebaixamento e diz que a transição deve ser imediata. Sendo a renúncia ato unilateral, pede que sai da reunião de hoje uma comissão para levar ao presidente a carta de renúncia e que seja feita uma comissão de três pessoas para tocar o clube.


21:58: conselheiro Gustavo Noronha (Mais Botafogo)
Detalha sua proposta, dizendo que os atos de gestão até o fim da gestão deveriam ser compartilhados com o Conselho Deliberativo, inclusive o plano de recuperação a ser elaborado e executado.

Sobre as falas do grande benemérito Carlos Augusto Montenegro acerca da inviabilidade de remoção do presidente Maurício Assumpção do cargo, conselheiro Gustavo Noronha (Mais Botafogo) lê o Estatuto do BFR que prevê intervenção do Conselho Deliberativo para retirar o presidente em caso de algo grave, e é isso que também propõe neste momento.


22:03: Benemérito Jorge Aurélio (Mais Botafogo)

Entende que saída do presidente Maurício Assumpção deveria ser por renúncia, e que deveriam pressioná-lo para que time tal atitude, evitando batalhas judiciais.

Concorda com a proposta do grande benemérito Carlos Augusto Montenegro de criação de uma Comissão de Crise, mas que seria preciso operacionalizar isso tudo. Sobre reforma estatutária, como precisa ser votada pela Assembléia Geral, sugere que o seja concomitantemente à eleição.


22:06: Conselheiro Luiz Felipe

Manifesta preocupação com os meses que faltam para terminar o ano. Sugere que o Conselho Diretor elabore um plano, que esta reunião seja declarada permanente é que haja reuniões quinzenais para avaliar a execução do plano. E que se o Conselho Diretor se sentir inapto para essa tarefa, que o clube traga pessoas de fora para tal.


22:09: Álvaro Moreira, presidente da sessão.

Lê as propostas feitas hoje. Três delas são convergentes, sugerindo a intervenção do Conselho Deliberativo na administração.

Outra proposta versa sobre a renúncia do presidente, que a julgar pela entrevista concedida à ESPN, não parece ser a intenção dele. Mas pode ser votada uma proposta de impeachment, como foi sugerido. 

Outra proposta é sobre a criação de Comissão de Crise, como sugerido pelo grande benemérito Carlos Augusto Montenegro.


Álvaro Moreira relê:

1) Convocação de reunião extraordinária com quórum mínimo de dois terços do Conselho Deliberativo para votação do impeachment.

Álvaro Moreira ordena a saída de todos os não conselheiros do recinto para que a votação seja secreta.

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Neste momento, todos os não conselheiros saíram do salão, e ficou muito difícil entender o que era discutido. Porém, em vez de votação, houve longo debate especialmente entre o grande benemérito Carlos Augusto Montenegro e o grupo Mais Botafogo, com destaque para o conselheiro Gustavo Noronha.
Grande benemérito Carlos Augusto Montenegro é contra a intervenção do Conselho Deliberativo e contra qualquer proposta de impeachment ou algo semelhante. Alega que a eleição será em três meses, o novo presidente assumirá logo após a eleição (conforme mudança estatutária), e que ele mesmo iniciará o processo eleitoral na próxima semana. Diz também que para votar a saída do presidente ou a intervenção do Conselho Deliberativo é necessária a aprovação por maioria qualificada, isto é, ao menos dois terços do total de conselheiros transitórios e permanentes.

O grupo Mais Botafogo então fez os cálculos. São 154 conselheiros transitórios (eleitos para mandato de três anos) e cerca de 80 permanentes (beneméritos e grandes beneméritos, que são conselheiros vitalícios). Seria necessário um total de votos muito maior do que o quórum inteiro de uma sessão considerada cheia para os padrões normais.



Diante disso, ficou acordado o seguinte:

No dia 19/08/2014 haverá reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para criação da Comissão de Crise do Conselho Deliberativo.

Nesta reunião também serão decididas a composição e as atribuições da Comissão de Crise.

Atribuições: pode ser para acompanhamento ou para intervenção. Como para ser de intervenção precisaria de uma impossível maioria qualifica no Conselho Deliberativo, podemos já considerar a Comissão de Crise com atribuição de acompanhamento.

A composição deverá ser a seguinte: cada um dos candidatos a presidente e mais uma ou duas pessoas por ele indicadas. O problema é que não há nenhum candidato formal, nenhuma chapa registrada, o que em tese dá a qualquer sócio apto o direito de se declarar candidato e pedir participação em tal Comissão de Crise.

Porém, há um consenso de que os considerados candidatos são:

Conselheiro Vinícius Assumpção (MCR).
Grande benemérito Carlos Eduardo Pereira (Mais Botafogo).
Benemérito Antônio Carlos Mantuano.
Sócio Marcelo Guimarães (Grande Salto).
Sócio Durcésio de Mello.

Atuação da Comissão de Crise: acompanhará por um tempo todos os departamentos do clube (jurídico, financeiro, administrativo, futebol, etc.) para que todos os candidatos tenham total conhecimento da real situação. A partir daí eles decidem se mantém a candidatura, se fazem novos arranjos políticos e qual o plano de ação para administrar o clube desde já.


22:55: Fim da reunião

A próxima reunião do Conselho Deliberativo, no dia 12/08/2014, será uma sessão solene de aniversário do Botafogo, conforme o Estatuto do BFR. Na semana seguinte, dia 19/08/2014, haverá a reunião extraordinária para a criação da Comissão de Crise.






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