24 novembro 2014

Quem apoiou o pior presidente de todos os tempos - 2º mandato




A reeleição em 2011: o mandato da praia




Nininho toma a taça para si, assim como tomou o Botafogo
 
Como já dito, inacreditavelmente o MCR, após hibernar por três anos, compôs com a chapa de Maurício Assumpção e apoiou sua reeleição. Após o imbróglio eleitoral, a traição e a péssima gestão do primeiro triênio, ainda assim o MCR o apoiou, sem sequer indicar o vice geral, o que demonstra a pouca força naquele momento. O fato se torna mais lamentável porque o MCR tem bela história no Botafogo ao apoiar os mandatos de Bebeto de Freitas, que se também teve inúmeros problemas, ao menos deixou um saldo positivo.


Vinicius Assumpção comemora a reeleição


Marcelo Guimarães continuava integrando a gestão como diretor remunerado, e Thiago Alvim continuava como vice de Comunicação.


Marcelo Guimarães e Nininho: parceria boa para ambos... (foto Uol)



Já constituído o grupo Mais Botafogo, Carlos Eduardo se lançou candidato contra Maurício Assumpção. Perdeu, mas conseguiu direito a 14 cadeiras no CD.


Os candidatos de 2011 em foto com o então vice-governador Pezão (lancenet)


Antônio Carlos Mantuano apoiou Nininho e tornou-se presidente do Conselho Fiscal. Mantuano aparece sorrindo ao fundo na foto abaixo.


Festa da vitória com Montenegro e Mantuano
 
Carlos Augusto Montenegro ficou no dia da votação parado na porta de General Severiano abordando os sócios eleitores suplicando-lhes voto em Nininho.


Montenegro aborda os sócios eleitores pedindo voto para Nininho


Triste também o papel desempenhado por ex-atletas, que não tiveram o mínimo de auto-respeito pela condição de ídolos. Um exemplo foi Túlio, pedindo voto para Maurício em troca da promessa de apoio ao constrangedor projeto do gol mil. Como todos os outros que acreditaram na palavra de nininho, foi traído.


Montenegro e Túlio em campanha pela reeleição de Nininho





Resumo do segundo mandato



O mandato da praia


Se a torcida já se desesperava com o vice André Silva e o gerente Anderson Barros, mal sabia o que estava por vir. A dupla saiu, e alguns outros diretores remunerados também. Foram substituídos pelos amigos do time de futebol de praia, que podem ser conhecidos nesta reportagem do jornal O Globo chamada A Estrela de Nininho.



Os "profissionais" da praia que lotearam o Botafogo



O Botafogo foi loteado pela turma da praia. Futebol, comercial, jurídico, categorias de base. Em todo lugar havia alguém da praia. Na base, tão alardeada como grande feito da pior administração de todos os tempos, consta como “gerente de contratos” um indivíduo chamado Johnny, cujo grande mérito para assumir tal cargo é privar de relação pessoal próxima com o ainda mandatário do clube. Nesta reportagem doGloboesporte.com, em que um empresário critica abertamente o presidente, podemos ver pela troca de mensagem a não reação de Johnny às mensagens até desrespeitosas do empresário e sua submissão a Bernardo Arantes, um dos empresários que praticamente arrendaram informalmente a base alvinegra.


Troca de mensagens entre Johnny e o empresário (foto do GE)


No futebol profissional, o gerente remunerado Sidnei Loureiro (da praia) e o vice de futebol Francisco Fonseca conseguiram piorar significativamente o que já era ruim com André e Anderson. As contratações planejadas de Eduardo Húngaro e seu genro Hygor já mereciam uma atitude rigorosa do CD. O pagamento de altas luvas ao desconhecido Rafael Marques é outra aberração.


Uma das muitas coisas a serem investigadas é o salário dessa turma da praia, se tais salários seguem ao menos os preços de mercado. E se os contratos preveem multas rescisórias, visto que repentinamente a turma da praia começou a ser desligada no apagar da gestão.




Principais “realizações” do mandato da praia:


·         Futebol profissional: péssima gestão no futebol, com muitos salários atrasados, animosidade na relação entre diretoria e elenco.


·         Categoria de base: arrendada por empresários.


·         Engenhão: continuidade dos contratos ótimos para os coirmãos e ruins para o Botafogo. Mantido o lema “estádio de todas as torcidas”, sendo que a papagaiada de “Stadium Rio” não era seguida nem pelos dirigentes, que a cada hora chamavam o estádio de um jeito. O desfecho com chave de ouro foi a interdição do estádio, que beneficiou somente a Odebrecht (leia mais aqui), empreiteira íntima do PMDB carioca e fluminense, não por acaso partido ao qual Maurício Assumpção se filiou. Após um ano e meio de interdição, não há previsão de reabertura e a diretoria não esboçou absolutamente nenhuma reação, resignando-se inclusive com o iminente rebaixamento, em grande parte fruto desta interdição.


·         Dívida trabalhista: o Botafogo foi expulso do Ato Trabalhista por, segundo o juiz, deliberada sonegação por parte do clube. O Botafogo continua fora do Ato, e não voltará enquanto Assumpção responder pelo clube. A consequência são as penhoras.


·         Dívida fiscal: Maurício Assumpção admitiu em entrevista à ESPN Brasil que deliberadamente parou de pagar os tributos, o que torna desnecessário qualquer comentário. A consequência são as penhoras.


·         Dívida cível: no mandato de Assumpção a Companhia Botafogo começou a perder ações na Justiça, como a da Tam referente ao caso Taílson, levando o clube a sofrer fortemente com esse tipo de dívida. A Companhia Botafogo é outro problema dessa gestão e precisará ser devidamente investigada pela nova diretoria.


·         Material esportivo: o Botafogo tem um péssimo contrato de fornecimento de material esportivo, se comparado aos demais clubes. Rompeu unilateralmente com a Fila, o que já rendeu um processo em que temos de pagar 10 milhões à Fila, podendo chegar a 70 milhões.


·         Patrocínio: agora entende-se por que jogamos com a camisa da Guaraviton com um escudo do Botafogo perdido no peito. Em vez de buscar outras empresas para outras áreas do uniforme, melhor fechar tudo com quem paga 5%, não é mesmo? Que o Botafogo jamais feche contrato de novo com essa empresa.


·         Telex Free: Assumpção muito falava em internacionalizar a marca Botafogo. Conseguiu, mas através das páginas policiais, não das esportivas.



Das páginas esportivas para as policiais (foto IG)




·         CT: promessas de CT profissional, CT da base, pedras fundamentais... O de sempre.


·         Campo de General Severiano: logo após uma reunião do CD em que omitiu o assunto, o campo da sede foi tomado por tratores que o destruíram para criar campos de pelada em seu lugar. O Botafogo não tem CT de porte, e antes que o clube tivesse algo, o mandatário destruiu o que ao menos atendia ao profissional. O assunto foi debatido fortemente em reunião do CD em abril deste ano, em que José Luiz Rolim ignorou o Estatuto para blindar Nininho da Praia, mesmo com Gustavo Noronha, do Mais Botafogo, lendo o item que permitia aos conselheiros avançarem nessa questão. Leiam mais aqui.


·         Loco Abreu e Seedorf: os dois maiores acertos dessa gestão, foram mal aproveitados. Ambos saíram pela porta dos fundos, desperdiçando um enorme potencial de ídolos que eram.




Responsabilidades pelo mandato da praia.


Carlos Augusto Montenegro novamente emplacou um dos seus como presidente do CD, desta vez o ex-presidente José Luiz Rolim. Montenegro aparecia para contemporizar, “conciliar”, sempre que a pressão sobre Assumpção aumentava. Foi assim na questão imoral do campo de General Severiano e mais recentemente quando se cogitou o impeachment por conta de toda a situação atual, coroada com os tais 5%.

Rolim e Nininho: parceria que prejudicou o Botafogo
 

Thiago Alvim continuou durante todo o mandato da praia como vice de Comunicação, sempre muito alegre e sorridente com seus eventos sociais, enquanto o clube descobria que o poço não tem fundo. 


O Mais Botafogo continuou rompido com Assumpção. Após lançar chapa em 2011, o grupo fez oposição aguerrida contra Maurício, especialmente através do trio Carlos Eduardo, Gustavo Noronha e Edson Alves. Na questão do campo de General Severiano, o presidente do CD José Luiz Rolim atropelou o Estatuto do Botafogo, a despeito da leitura do mesmo pro Gustavo Noronha, e evitou qualquer tipo de sanção a Maurício Assumpção. Edson Alves teve importante papel como integrante da oposição no Conselho Fiscal.


Antonio Carlos Mantuano elegeu-se presidente do Conselho Fiscal na composição com Nininho, onde poderia exercer forte fiscalização sobre o mandato da praia. Mas surpreendentemente renunciou após romper com o presidente, abrindo mão de fiscalizá-lo e passando o posto a André Silva, vice de futebol no primeiro mandato, que passou a fiscalizar as próprias contas.

O Botafogo Acima de Tudo teve o presidente do Conselho Fiscal do primeiro mandato (Nelson Mufarrej) e o do segundo (Antonio Carlos Mantuano), e Nininho jamais teve problema para aprovar suas contas.


Marcelo Guimarães continuou trabalhando no Botafogo até 2013, quando saiu e subitamente passou a criticar a gestão que integrou por tanto tempo. Sua oposição a Nininho deriva mais do ressentimento pessoal pela demissão do que propriamente pela avaliação de que essa gestão é a pior de todos os tempos. Estaria Marcelo criticando Nininho se não tivesse sido demitido? Seus elogios ao primeiro mandato fazem crer que não. 


No debate de 18/11/2014, antes de responder uma pergunta, Marcelo preferiu responder a comentário anterior de Thiago Alvim sobre sua demissão. Justificou-se dizendo que queria falar sobre esse fato antes porque “diante disso tudo era menor”, e acabou se esquecendo da pergunta feita, que era sobre o Botafogo. 


O MCR, incluindo Vinicius Assumpção, fez parte do CD neste mandato, sem jamais se colocar como oposição de fato, limitando-se a discursos conciliadores. Chegou a integrar a gestão através de Ricardo Braga por alguns meses já em 2014, apenas abrindo mão do cargo pelo início do processo eleitoral.




Resumindo as responsabilidades das chapas no mandato da praia:


Chapa Azul: Thiago Alvim ficou praticamente seis anos como vice de Comunicação de Maurício Assumpção, não saindo nem nos piores momentos, quando muita coisa já havia sido revelada. Carlos Augusto Montenegro, que deu suporte ostensivo à reeleição e ao segundo mandato, agora faz o mesmo em prol da Chapa Azul de Thiago e Durcésio.


Chapa Ouro: o Mais Botafogo portou-se como oposição de fato no mandato da praia, liderado por Carlos Eduardo. O Botafogo Acima de Tudo pecou pela atuação no Conselho Fiscal, onde Nininho sempre aprovou tudo com facilidade.


Chapa Alvinegra: o MCR inexplicavelmente compôs chapa com Maurício para a reeleição. Uma vez no CD, teve atuação apagada, sem travar embates contra os desmandos dessa gestão.


Chapa Cinza: Marcelo Guimarães só descobriu que a gestão era muito ruim após sair dela no ano passado. Demorou de 2009 a 2013, estando lá dentro, para perceber isso.

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