16 dezembro 2014

"Master mind" ou "master mistake"?



Há cerca de duas semanas, escrevemos aqui que o Botafogo não pode errar na escolha do comando do futebol. A contratação de Renê "Master Mind" Simões vai contra tudo que pregamos, e significa dizer que o Botafogo está errando gravemente na escolha dos profissionais do futebol.

Renê Simões: para nos lembrar que tudo sempre pode piorar

Resumindo, dizíamos que o Botafogo tinha duas opções. Ou se contrataria um treinador aposta, mais barato, respaldado por um gerente reconhecido no mercado, capaz de negociar bons jogadores, fazer a ponte entre elenco e diretoria e gerir crises e desgastes, ou se abriria mão de um gerente forte e se contrataria um treinador mais caro, com histórico e reconhecimento que lhe permitisse acumular também essa função de gerente - como fez Oswaldo.

A nova diretoria fez o pior dos mundos. Pôs Antonio Carlos Mantuano como vice de futebol, que é uma figura contestada e que representa um tipo de dirigente que não inspira a menor confiança de que possa realizar uma gestão moderna e profissional como exige o momento. Carlos Alberto Torres, que teria atuação voltada mais para fora, parece ter mais participação interna do que se supunha, se for confirmado que de fato foi ideia dele a contratação de Renê Simões. Não há um gerente de futebol de mercado. O único nome especulado e já descartado foi o de... Anderson Barros.

E eis que chegamos ao treinador. Poderiam gastar mais num nome mais experiente ou partir para uma aposta. Nem um nem outro. Para não correr risco de dar certo, apostamos na certeza do fracasso. Renê Simões tem uma carreira absolutamente irrelevante, apenas lembrado por trabalhos inusitados ou fracassos retumbantes.

Os maiores sucessos são a classificação da Jamaica para a Copa do Mundo e o trabalho com a seleção feminina. Conseguiu acesso com o Coritiba, é verdade, há sete anos atrás. De lá para cá, passou por alguns clubes sem nenhum resultado minimamente razoável. No Fluminense só é lembrado pela expressão master mind. No Vasco, mostrou-se desequilibrado, incapaz de lidar com crises, pressão e situações de dificuldade financeira. Exatamente o que encontrará aqui. Não deu certo no Atlético-GO e durou pouco na base do São Paulo.

Vejamos entrevistas de Renê sobre dois de seus fracassos mais recentes: Vasco e São Paulo. Notem que ele fez tudo certo, mas sempre os outros atrapalharam...



É a esse sujeito que o Botafogo entregou o árduo trabalho no futebol em 2015, trabalho este que permite quase nenhuma margem de erro. A escolha de Renê é um erro grotesco, o "master mistake" que pode comprometer de forma muito grave a difícil e crítica temporada que nos aguarda.

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