22 janeiro 2015

Competência não é uma exclusividade dos profissionais



Competência não é uma exclusividade dos profissionais

Foto do Globoesporte.com

Já se tornou lugar comum dizer que o grande problema do futebol brasileiro é a falta de dirigentes profissionais. No Botafogo, tivemos durante seis anos executivos muito bem remunerados, numa estrutura em que na prática tinham mais poder do que os próprios vice-presidentes - por Estatuto, necessariamente os vices devem ser sócios do clube não remunerados, e os diretores abaixo deles podem ser remunerados ou não. 

Dois mandatos de mandos e desmandos deixaram General Severiano numa situação de completa insolvência. Podem atribuir esse estado à tentativa de profissionalizar o clube, mas a realidade é que esses dirigentes foram INCOMPETENTES.

Todas suas ações foram voltadas para o curto prazo, incluindo ações esdrúxulas como pintar as cadeiras do nosso estádio de vermelho e amarelar nosso uniforme. A resposta às criticas estava sempre na ponta da língua: "precisamos de dinheiro". Bem, se esse dinheiro todo de fato entrou nos cofres do clube, então saiu numa velocidade ainda maior.

Carlos Eduardo Pereira parece pensar diferente. Neste primeiro momento, em que o clube possui poucos recursos, formou uma equipe de dirigentes não remunerados que está tocando as principais ações do clube. Quando não encontrou em sua chapa grandes nomes para determinados setores, procurou fora dela. Nomeou Manoel Renha e Marco Antônio Tristão para a base, Klay Salgado como Diretor Comercial e chamou Durcésio Mello para colaborar. Nenhum deles o apoiou nas ultimas eleições - Renha manteve-se neutro, enquanto Klay e Durcésio foram candidatos a vice em chapas concorrentes.

Esta equipe tem conseguido reverter situações que muitos consideravam impossíveis, pelo menos em tão pouco tempo. Voltou ao Ato Trabalhista do TRT, conseguiu colocar em dia as parcelas da Timemania, quitou dividas de negociações anteriores, negociou locais para a equipe profissional e categorias de base treinarem, fez um acordo sem custos com uma clinica para a realização dos exames de pré-temporada, negociou com a prefeitura uma data definitiva para a volta do Engenhão e, para a alegria da torcida, renovou até 2017 com nosso principal jogador, Jefferson.

Ainda falta muito para recolocar o clube de pé, mas essas ações iniciais merecem nossos aplausos, apoio e voto de confiança. Isso não significa deixar de lado a analise critica de todas as ações futuras. 

A gestão passada mostrou a importância de se fiscalizar, cobrar e criticar os atos de gestão, visto que muitos dos que foram tropa de choque de Nininho ou se calaram diante de suas ações hoje agem como se sempre tivessem sido críticos da turma da praia, numa atitude covarde para se eximir de responsabilidade.

Esperamos que a administração de Carlos Eduardo continue a merecer mais palavras elogiosas.

O Botafogo sobrevive.

Texto de Vitor Alves Carneiro, do Botafogo Sem Medo.

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Best Hostgator Coupon Code